O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento como testemunha de defesa do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, em uma investigação sobre possível interferência política durante o segundo turno das eleições de 2022. A investigação conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU) examina denúncias de que Vasques utilizou a PRF para realizar operações de bloqueio nas estradas, que teriam dificultado o acesso de eleitores às zonas de votação em regiões onde Bolsonaro possuía menor apoio, como o Nordeste.
O depoimento ocorreu em formato de videoconferência e buscou esclarecer o papel do ex-diretor nas decisões tomadas durante o período eleitoral. Silvinei Vasques já havia sido investigado anteriormente por essa atuação, que foi considerada por muitos como uma tentativa de influenciar o resultado das eleições. As ações da PRF no dia da votação chamaram atenção pelo alto número de abordagens em estradas nordestinas, o que gerou críticas de órgãos de direitos civis e levantou suspeitas de interferência para favorecer a campanha de Bolsonaro.
Caso a CGU confirme que houve uso irregular do cargo por parte de Vasques, ele poderá enfrentar penalidades administrativas, que incluem advertências ou, no caso mais grave, a perda de aposentadoria.
Essa investigação é parte de uma série de processos que visam esclarecer a atuação de figuras públicas ligadas ao ex-presidente, especialmente em temas sensíveis como a integridade do processo eleitoral. Para Bolsonaro, o caso representa mais um ponto de tensão judicial, refletindo o aumento da vigilância sobre possíveis interferências políticas nas forças de segurança pública.
Fontes confiáveis: Brasil 247, UOL, Agência Brasil